Sindiberf segue procrastinando na reposição de perdas referentes à pandemia
A luta de mais de dois anos dos sindicatos pela reposição das perdas financeiras referentes ao período da pandemia, nos hospitais filantrópicos do RS, teve mais um capítulo nesta quarta (12). Em nova sessão de mediação no TRT-4, SERGS e demais sindicatos pressionaram mais uma vez o Sindiberf para o fim do impasse.
O SERGS foi representado por sua secretária geral Inara Ruas e pelas assessorias jurídicas para capital e interior – advogados Raquel Paese (Paese e Ferreira) e Jeverton Lima (Young e Lauxen).
Os sindicatos reivindicam as perdas pelo parcelamento do reajuste, indicando valores. O Sindiberf alega não poder aceitar essa proposta, em função das realidades regionais e por não ter concluído os cálculos para formalizar sua proposta.
Após a última mediação, a patronal teve duas semanas para analisar a proposta dos sindicatos. O desembargador Alexandre Correa da Cruz, mediador da sessão, enfatizou que é preciso haver uma contraproposta do Sindiberf, para demonstrar ânimo em negociar e não passar a ideia de procrastinação da solução desse impasse.
Raquel Paese reforçou que a mediação tem se estendido em razão da ausência de uma proposta objetiva da entidade patronal, que precisa cumprir o compromisso assumido na pandemia. Acumularam-se perdas e o Sindiberf aceitou negociar uma forma de reposição destes valores. “O SERGS não está judicializando, mas quer, junto com demais sindicatos da saúde, uma solução”. Jeverton Lima complementou: “a mediação é uma continuidade, mas a cada sessão realizada, a impressão que se tem é de retrocesso”.
Ao final da mediação, Sindiberf se comprometeu a apresentar uma contraproposta em dez dias. Neste período, os sindicatos também vão solicitar uma revisão dos cálculos, pelo DIEESE.
Uma nova sessão está marcada para o dia 17 de março, às 10h.