Trabalhadores do Hospital de Alvorada paralisam atividades a partir desta segunda (01)

Dois municípios importantes da região metropolitana terão seus serviços hospitalares de saúde com atendimento paralisado nos próximos dias, por conta da irredutibilidade do governo do Estado em dialogar com trabalhadores e entidades sindicais. O governo Leite recusou-se a suspender a contratação da Associação João Paulo II, para a gestão do Hospital de Alvorada, e do Hospital Ana Nery, para a gestão do Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha, rompendo de forma unilateral o contrato com o Instituto de Cardiologia.

Diante do impasse na tentativa de mediação no TRT-4, e do indicativo de demissão em massa, os(as) trabalhadores destes hospitais realizaram assembleias na quarta (27) e quinta (28), para deliberar sobre movimentos paredistas. Em Alvorada a greve será deflagrada já na segunda (01). Em Cachoeirinha, os trabalhadores estarão em estado de greve. O SERGS foi representado nas duas assembleias por suas diretoras Inara Ruas e Daiane Miranda da Silva.

Essa medida abrupta de rompimento de contrato pelo Executivo Estadual, mesmo com os problemas enfrentados pelo Instituto de Cardiologia em função de sua Recuperação Judicial, preocupa muito os sindicatos dos trabalhadores. Isso porque a contratação de “empresas-tampão” (sem licitação, por um contrato de 180 dias) deverá gerar um enorme passivo trabalhista, repetindo situações já ocorridas anteriormente, como os casos GAMP e IMESF, até hoje com verbas trabalhistas dos demitidos em discussão na Justiça.

Também há grande preocupação com a prática de assédio, principalmente por parte da Associação João Paulo II, empresa fundada em Portugal e sediada em Recife, sem vínculo com os serviços de saúde no RS, e que estaria pressionando os profissionais a pedirem seu desligamento, para depois serem novamente contratados.

Segundo Inara Ruas, o SERGS, juntamente com Sindisaúde e demais sindicatos, dará total apoio na luta grevista destes trabalhadores. “A hora é de união para defender empregos e direitos de cerca de 1000 trabalhadores e evitar impactos negativos maiores na saúde de Porto Alegre e região metropolitana”, afirmou.

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