Debate sobre terceirizações no Hospital São Camilo, de Esteio

O diretor Ismael Miranda da Rosa representou o SERGS e os trabalhadores do Hospital São Camilo, onde atua, no debate realizado nesta terça, dia 7, na Câmara Municipal de Esteio. Os vereadores discutiram, entre outros temas, a terceirização em quatro alas do hospital, com contratos que somam mais de R$ 20 milhões. As alas terceririzadas são o Centro Obstétrico, o Bloco Cirúrgico, Emergência e Saúde Mental.

Ismael condenou o modelo que está sendo proposto e lembrou que o Hospital São Camilo vem sendo sucateado de forma proposital nos últimos anos, justamente com a intenção de terceirizar seus serviços. Segundo ele, a terceirização poderia acontecer para melhoria e ampliação dos serviços de saúde para população, não para troca de serviço público por terceirizado sem pensar na qualidade e de forma contrária ao que preconiza o SUS.

Na defesa dos trabalhadores, Ismael lembrou que falta isonomia entre as categorias de forma concursada e os terceirizados. Entre os concursados, há profissionais da enfermagem que atuam na legalidade, com carga horária menor. Com a terceirização, os salários são inferiores e as jornada de trabalho extenuantes, com alta rotatividade dos profissionais, impactando na qualidade dos serviços oferecidos à população de Esteio.

“É lamentável o que está acontecendo. A Emergência terceirizada tem uma sobrecarga enorme todos os dias, um verdadeiro empilhamento de seres humanos”, argumentou. Ismael sugeriu, ainda, que seja feita uma rigorosa avaliação destes serviços pelo Legislativo, a partir de critérios de resolutividade e atendimento aos usuários.

O SERGS segue acompanhando o caso da saúde em Esteio, em busca de soluções que beneficiem a população e os trabalhadores da enfermagem.

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