Luta dos trabalhadores do São Camilo tem semana decisiva no TRT-4
Na manhã desta quarta (4), aconteceu a segunda mediação entre SERGS, Sindisaúde Vale do Sinos e Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio, no TRT-4. A mediação busca negociar temas como dimensionamento de pessoal adequado para boa prestação dos serviços, o regramento do regime 12/36, a regulamentação do Banco de horas, a criação participativa de grupo de trabalho de combate à violência e assédio no trabalho (nos moldes da NR 1). O SERGS foi representado por sua presidente em exercício Denize Cruz, pelo diretor e também enfermeiro do São Camilo, Ismael Miranda da Rosa, e pela advogada Jaqueline Matiazzo, da assessoria jurídica do sindicato.
Inicialmente, a Fundação São Camilo e o município de Esteio tentaram questionar a legitimidade dos sindicatos de trabalhadores presentes na mediação. O desembargador Alexandre Correa da Cruz afirmou que “teses jurídicas são interessantes, mas não refletem a realidade” e defendeu a natureza voluntária da mediação para pacificação dos temas em questão.
O Procurador Regional do Trabalho, Marcelo Goulart, informou, ainda, que já existem várias denúncias sobre a Fundação São Camilo no MPT, reiterando que a mediação no TRT-4 com todos os envolvidos seria o melhor caminho. “Sabemos que existe uma patologia e precisamos tentar resolvê-la”, ponderou.
Assim, com a concordância do SERGS e Sindisaúde Vale do Sinos, o Sindicato dos Municipários de Esteio (SISME) será convidado para também compor a mediação.
SERGS e Sindisaúde Vale do Sinos solicitaram também que não seja feita qualquer proposta de alteração de contrato de trabalho de forma individual, nem tampouco aplicada punição decorrente de procedimentos administrativos ou sindicâncias, até o final da mediação. Também foi requerido um posicionamento formal da fundação sobre as propostas apresentadas pelos sindicatos até a próxima sessão de mediação.
Uma nova sessão foi marcada para sexta (6), às 9h30, na sede do TRT-4. SERGS e Sindisaúde Vale do Sinos conclamam a categoria para estar presente neste momento, demonstrando a força da luta dos trabalhadores unidos por seus direitos.
“Dependendo dos rumos da negociação desta sexta, vamos decidir quais serão os próximos passos do nosso movimento”, comentou Ismael.