Nova mediação com filantrópicos vai tratar das relações trabalhistas durante as enchentes
Tema surgiu na sessão que discutia perdas econômicas no período da pandemia
Nesta quarta (3), o SERGS esteve participando de uma nova mediação no TRT-4 para tratar das perdas econômicas referentes ao período 2020-2023, com a patronal Sindiberf RS (Porto Alegre e bases inorganizadas). O SERGS foi representado por sua presidente em exercício Denize Cruz e pela advogada Raquel Paese, da assessoria jurídica (Paese e Ferreira Advogados Associados). A mediação foi conduzida pelo desembargador Alexandre Correa da Cruz, na Escola do TRT-4.
Essa negociação está em aberto, pois no triênio 2020-2023 os acordos foram fechados fora da data-base da categoria e sem retroatividade. Como se tratava de um período de pandemia, os sindicatos que representam os trabalhadores concordaram na época em postergar a discussão sobre essas diferenças. Com algumas entidades patronais, o SERGS já firmou acordos específicos, prevendo abono ou outra forma de contrapartida, porém o tema continua pendente com os filantrópicos de Porto Alegre e bases inorganizadas.
“Precisamos avançar”, ponderou Raquel Paese. A patronal, por sua vez, informou que não tem condições de propor uma forma de compensar essas diferenças no momento, alegando dificuldades financeiras após o período das enchentes. Com a possibilidade do repasse de aportes governamentais ao longo do mês de julho, o Sindiberf RS aceitou a sugestão da mediação de retomar a negociação no final deste mês.
Também foi aberta uma nova frente de mediação – para tratar especificamente do tema das relações trabalhistas durante as enchentes – motivada pelo relato da presidente em exercício do SERGS, sobre denúncias de desconto de salários e alterações de jornada de enfermeiros(as), entre outros problemas, nos filantrópicos de várias regiões do RS.
As duas mediações acontecerão na tarde do dia 24 de julho. No tema das enchentes, serão convidados a participar o Sindiberf RS e também as entidades Sindiberf regionais.