Amamentação em pauta no agosto dourado

A diretora Inara Ruas representou o SERGS, a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e o Conselho Estadual de Saúde (CES-RS) no 15º Seminário Estadual da Semana Mundial da Amamentação e 10º Seminário Estadual da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, no último dia 3 de agosto, no Auditório do Ministério Público Estadual.

O evento aconteceu em comemoração ao agosto dourado, mês que incentiva a conscientização para a importância da amamentação para a saúde das crianças e das mulheres. Os dois eventos debateram a relação entre amamentação e ambiente de trabalho, vínculo profissional e recortes sociais e o racismo estrutural presente na sociedade.

O leite materno é considerado o alimento “padrão ouro” para o bebê e recomenda-se que seja oferecido até os dois anos de idade. Porém o estímulo para que a mãe continue amamentando após os seis meses de licença-maternidade esbarra exatamente na legislação trabalhista e no retorno à vida profissional. Pensando nisso, o tema escolhido pela WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) em 2023 é “Apoie a Amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”, provocando o diálogo entre empregadores, empregados e profissionais da saúde.

Ministrada pela enfermeira Olga Carpi, do Rio de Janeiro, a palestra de abertura intitulada “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães que trabalham” abordou como intervenções simples no local de trabalho e mudanças na política das empresas podem influenciar positivamente para educar sobre essa necessidade. “A mulher retorna para o trabalho repleta de medos. Medo do desmame, medo de perder o emprego, medo de que o bebê passe fome durante a jornada de trabalho. A construção das salas de amamentação não garante que elas sejam utilizadas por quem precisa. Sem apoio de familiares, da gestão da empresa e da equipe, a mulher enfrenta ainda mais dificuldades de amamentar e conseguir extrair o leite durante o expediente”, explicou a enfermeira. “O fim da licença não é o fim da amamentação”, completou.

Conforme Inara, foi um encontro importante para debater temas fundamentais que envolvem a enfermagem. “Nosso papel na orientação das mães é muito importante. A enfermagem acolhe e orienta. Além disso, somos uma categoria majoritariamente feminina”, comentou.

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