Desmonte da Rede Cegonha: um afronte às gestantes e à atuação da enfermagem obstétrica

O SERGS se soma às demais entidades da Enfermagem no Brasil no protesto contra o desmonte da Rede Cegonha, a mais bem sucedida política pública de assistência ao pré-natal, parto e puerpério no Brasil. A comunidade científica vinha alertando há vários meses sobre o risco deste desmonte, mas o Ministério da Saúde ignorou todas as evidências e instituiu de forma arbitrária e sem diálogo a nova Rede Materno-Infantil (RAMI).

A análise preliminar da nova política já indica que a mesma está centrada na atuação do médico obstetra e que não contempla a assistência às crianças recém-nascidas e suas mães e exclui do processo a enfermagem obstétrica.

Segundo a presidenta do SERGS, Cláudia Franco, que é enfermeira obstétrica, trata-se de mais um retrocesso que atinge diretamente a população e fere o exercício profissional da Enfermagem. “O sindicato defende o direito das mulheres a uma assistência humanizada durante toda a gestação e também no pós-parto e o nascimento seguro e desenvolvimento saudável dos bebês”, afirma.

A enfermeira, professora da UFRGS e presidenta da seccional gaúcha da Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica (Abenfo-RS), Virgínia Leismann Moretto, também se posicionou contrária ao tema, destacando que a RAMI voltar a caracterizar gestação, parto e nascimento como um evento extremamente perigoso, estimulando uma visão hospitalocêntrica.  Virginía lamentou a falta de referência aos centros de parto normais nesta política, desconsiderando as evidências científicas na área de obstetrícia.

Leia aqui o artigo da pesquisadora sobre o tema, publicado no site do SERGS.

 

 

 

 

 

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