SERGS reafirma seu compromisso no combate à violência contra a mulher

Neste sábado, dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completa 15 anos. No dia em que a lei foi sancionada, uma mulher brasileira de 23 anos, casada e com três filhas, foi espancada pelo companheiro e depois estrangulada. Ela havia procurado a Justiça 17 vezes antes dessa tragédia acontecer, sem conseguir ajuda.

A Lei Maria da Penha veio para garantir apoio a essas mulheres que sofriam em silêncio as agressões masculinas, não tinham acolhida adequada e, não raras vezes, tinham a vida perdida em um feminicídio. Criou varas especializadas e mecanismos para a mulher denunciar e se proteger.

Nestes 15 anos, a sociedade mudou muito, mas a violência contra a mulher persiste como um tema fundamental na conquista por direitos. Apesar de alguns avanços, vivemos um período de muito machismo e retrocessos e a luta é árdua e contínua.

O SERGS, como entidade que representa enfermeiras e enfermeiros no RS, tem debatido intensamente este tema nos últimos anos, promovendo eventos e debates com profissionais que pesquisam e atuam nesta área. O sindicato também já editou materiais informativos sobre o tema e tem atuado de forma enérgica contra cada caso de assédio e violência contra enfermeiras, muitas vezes tendo como raiz as questões de gênero.

Com a pandemia, os casos de violência contra a mulher aumentaram e o SERGS promoveu um debate on-line com a participação da delegada titular da Delegacia da Mulher em Porto Alegre, Tatiana Bastos, a advogada e  especialista em direitos humanos Ariane Leitão, a enfermeira e professora universitária Virgínia Leissmann Moretto, e a doutora em Educação integrante da Rede Abrasco e professora universitária, Vanderleia Pulga. No debate realizado em junho do ano passado, as convidadas ressaltaram que ainda há na nossa sociedade um machismo desumanizante.

Por isso, na data que marca esses 15 anos, mais do que nunca é preciso refletir e seguir em frente, na luta para garantir que as mulheres tenham sua integridade respeitada. “Além de sermos porta de entrada de casos de violência contra a mulher, nos hospitais e serviços de saúde, enfrentamos na enfermagem também diversas formas de violência, em uma categoria majoritariamente feminina”, ressalta Cláudia Franco, presidenta do SERGS.

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