O empresariamento e seus efeitos no desmonte da atenção básica

 

O SERGS participou nesta quinta, dia 17, da reunião ampliada do Fórum dos Conselhos Distritais de Saúde da capital, que tratou sobre o tema “Do IMESF ao empresariamento – efeitos do desmonte da Atenção Básica em Porto Alegre”.

O evento online transmitido pelo Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre teve como debatedor o médico e professor Alcides Miranda e a participação de representantes de várias entidades de defesa dos trabalhadores(as) e do SUS. A atividade marcou 1 ano de resistência e luta contra o desmonte do IMESF.

Alcides ressaltou que os governos liberais levam em consideração o custo orçamentário e os ganhos eleitorais da privatização e deixam de avaliar o custo social e o impacto nas comunidades atendidas. Para o médico e professor, esse modelo que privatiza a atenção básica, pode até somar mais procedimentos, mas sem gerar impacto nos índices de saúde da população. “É um modelo que não promove equidade social e tem como foco a doença e não a prevenção”, alertou.

O caminho, segundo ele, é encontrar uma forma que garanta o atendimento de todos(as) de forma universal, respeitando a filosofia do Sistema Único de Saúde (SUS), e encontrando mecanismos para fiscalização da aplicação dos recursos pela sociedade. Especificamente sobre o caso IMESF, Alcides destacou a resistência e luta dos trabalhadores e seus sindicatos e do Controle Social para manter esse modelo.

Na saudação das entidades, Cláudia Franco, presidenta do SERGS, reforçou a importância da resistência construída nestes últimos meses e conclamou todas(os) para seguirem na luta. “Não podemos cair na teia do prefeito Marchezan”, comentou.

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