Trabalhadores/as da saúde de Canoas decidem dia 29 se haverá movimento grevista

 

Assembleia Intersindical de trabalhadores/as da área da saúde, que laboram pelo GAMP e Associação Beneficente de Canoas, decidem na quinta, dia 29, se vão paralisar. O motivo são os recorrentes atrasos salariais, retiradas de direitos e as restrições no atendimento à população. O encontro será em frente à entrada principal do Hospital Universitário de Canoas, na Av. Farroupilha, 8001, às 20h.

Na terça (27), o SERGS e demais sindicatos que representam trabalhadores/as do GAMP, estiveram no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público de Contas (MPC), para entregar ofício ao procurador-geral, Geraldo Costa da Camino. Solicitaram que sejam apuradas supostas irregularidades na gestão dos recursos públicos. O SERGS vai protocolar a denúncia no Ministério Público do Estado (MPE), nessa quarta (28).

A ida ao TCE foi precedida por reunião entre os sindicatos e a gestão do GAMP – que gerencia os hospitais Universitário, o de Pronto Socorro, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as UPAs de Canoas. SERGS, Sindisaúde-RS, Sindifars e Sinttargs cobraram a imediata regularização do pagamento dos/as funcionários/as.

Verificou-se contradição nos valores informados pelo GAMP e pela prefeitura de Canoas nos seus contratos. O primeiro diz que falta R$ 128 milhões de repasse da prefeitura, enquanto a administração municipal fala que há problema de má gestão dos recursos. Além disso, existe divergência entre município e GAMP sobre o valor mensal repassado pela prefeitura. Ainda não existe transparência quanto ao recurso público.

Por enquanto, não houve nada de concreto no sentido de regularizar o pagamento dos salários. A diretora-presidente do GAMP, Michele Rosin, disse que pagou integramente o vale transporte para todos, mas os sindicatos contestaram. Devido à pressão do SERGS, quem não recebeu VT e auxílio combustível, deve procurar o setor de Recursos Humanos para averiguar essa situação.

O presidente do SERGS, Estêvão Finger, informa que a diretora do GAMP garantiu que não haverá punição se a pessoa não tiver condições de deslocar-se ao local de trabalho. Mas se isso ocorrer, os trabalhadores/as devem fazer a denúncia a seus respectivos sindicatos. Estêvão salienta a importância de todos/as estarem presentes na Assembleia do dia 29. Caso a situação dos atrasos salariais não seja regularizada, as chances de ter greve são grandes.

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