Postos de saúde da família vão parar dia 18
Em Assembleia realizada ontem, entre SERGS e Sindisaúde, trabalhadores(as) de Estratégia de Saúde da Família de Porto Alegre decidiram parar
Após dois anos sem reajuste salarial e com a ameaça da perda de 10% do incentivo sobre o salário-base, os trabalhadores(as) do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF) decidiram ontem, em Assembleia Geral, que vão paralisar suas atividades no dia 18. Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS) e pelo Sindisaúde-RS, a assembleia lotou o auditório do CPERS, na noite dessa quinta-feira
A categoria exige da administração Marchezan, no mínimo, reposição salarial da inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), relativo aos últimos 24 meses sem aumento. O presidente do SERGS, Estêvão Finger, afirma que a decisão de paralisar por um dia o atendimento nas Unidades de Saúde é ruim para a população, mas as possibilidades de diálogos com a atual gestão do IMESF já se esgotaram.
De acordo com Estêvão, o contrato de gestão de 2017 e aditivos contratuais, assinados pelos secretários municipais da Saúde, Erno Harzhein, e da Fazenda, Leonardo Busatto, preveem reajuste anual aos trabalhadores do Imesf que ainda não foram concedidos.
O presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, também pontuou que não dá mais para admitir dois anos sem reajuste salarial e que a palavra-chave agora é unidade, para manter a luta pela manutenção dos direitos trabalhistas.
Da mesma forma, o Sindicato Médico do RS (Simers) comunicou ao Sergs que vai aderir à paralisação. Com a medida, os mais de 100 postos da atenção básica de saúde em Porto Alegre não devem prestar atendimento à população.
Na semana posterior à paralisação, será realizada nova assembleia geral. Se não houver avanço nas negociações com a prefeitura, poderá ser votada greve geral dos trabalhadores(as) do IMESF. Mil profissionais, incluindo enfermeiros e técnicos em enfermagem poderão parar de atender a população pelo descumprimento do contrato de gestão.
Além do presidente do SERGS e do Sindisaúde-RS, compuseram a mesa a diretora de Assuntos de Gênero, Raça e Diversidade Sexual do SERGS, Janice Lopes Schiar; o vice-presidente e o secretário-geral do Sindisaúde, Julio Appel e Julio Jesien e os advogados dos sindicatos, Silvio Boff e Raquel Paese.
Texto e Fotos: Juliana Leal (Sergs/Interlig)
DRT-DF 10.947/05