SERGS critica falta de avanços na atenção primária em Porto Alegre

O SERGS marcou presença nesta quinta, dia 10, na audiência sobre o Imesf promovida pela Frente Parlamentar em defesa da Estratégia da Saúde da Família, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A audiência teve a participação de um número expressivo de enfermeiros(as) que atuam no município, do presidente do SERGS Estevão Finger e dos diretores Janice Schiar e Carlos Füssiger Luz.

Na primeira parte da reunião, foram apresentados dados relativos a uma pesquisa realizada pela Frente, com 151 trabalhadores(as) do instituto (cerca de 10% do total de funcionários). As principais queixas trazidas pelos respondentes da pesquisa são a falta de supervisão das gerências, o diálogo praticamente inexistente com a Secretaria Municipal da Saúde e o aumento da violência nas unidades.  Também foram relatados casos de agressão verbal e psíquica por mais da metade dos participantes da pesquisa.

Após a apresentação dos dados, foi aberto espaço para manifestações. O presidente do SERGS comentou sobre a falta de valorização dos trabalhadores(as) do Imesf e a falta de diálogo com a atual gestão municipal. Também reforçou a questão do desvio de funções dos trabalhadores em geral, em especial enfermeiros(as) e técnicos de enfermagem. “Não podemos esquecer a questão da dispensação de medicamentos. O município de Porto Alegre vergonhosamente entrou com ação judicial descumprindo uma determinação do Coren-RS que veda aos profissionais de enfermagem dispensar medicamentos e desrespeitando a lei federal do exercício do profissional farmacêutico. Os profissionais já estão sobrecarregados e ainda precisam fazer um trabalho que não é de sua competência”, alertou.

Estevão falou ainda sobre a necessidade de equiparação dos profissionais do Imesf com os demais estatutários do município e a falta de padronização de fluxos nas gerências distritais. Como exemplo da falta de diálogo com a atual gestão, trouxe a questão da Comissão Paritária solicitada na negociação com o Imesf e negada pela gestão do mesmo. Por fim, questionou os gestores do instituto presentes no encontro sobre o que está sendo feito de efetivo para avançar na atenção primária. “Já se passaram oito meses e muito pouco foi feito”, comentou o presidente do SERGS ao final da reunião.

 

 

Texto e fotos: Assessoria de Comunicação SERGS

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