Situação da saúde de Sapucaia do Sul em pauta na Assembleia Legislativa do RS

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS discutiu nesta quarta-feira (5), a suspensão de atendimento pediátrico do Hospital Getúlio Vargas de Sapucaia do Sul e a decisão do prefeito Volmir Rodrigues de decretar calamidade pública financeira na área de saúde do município.

O SERGS foi representado por seu vice-presidente Ismael Miranda da Rosa, que é enfermeiro na instituição, e pela secretária-geral Inara Ruas, na qualidade de presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES-RS) e diretora da FNE na região sul. A sessão foi solicitada pelo deputado Miguel Rosseto e conduzida pela deputada Stela Farias.

O decreto de calamidade financeira autoriza o fechamento de serviços, demissões em áreas impactadas, repactuação de serviços de referência e quebra da ordem cronológica de pagamentos. A medida cita a redução de repasses do governo do Estado, por meio do programa Assistir, como um dos principais motivos para o déficit do hospital. Segundo a prefeitura, o número de atendimentos e os custos operacionais aumentaram, mas o investimento estadual diminuiu. O hospital conta com 160 leitos 100% SUS e depende do financiamento tripartite da União, Estado e município, sendo referência para 17 municípios da região metropolitana de Porto Alegre.

Ismael afirmou que a situação em Sapucaia do Sul é calamitosa e que enfermeiras e enfermeiros têm sofrido com parcelamento de salários, atrasos nos depósitos de FGTS e recebimento de férias. Segundo ele, a categoria está sendo penalizada e o adoecimento mental dos trabalhadores é geral. “Precisamos sensibilizar a opinião pública da região metropolitana para o grave problema que está acontecendo na saúde de Sapucaia do Sul”, sentenciou.

Inara complementou que a crise se agravou após o SERGS realizar assembleia com a categoria definindo estado de greve. Disse que o CES-RS foi surpreendido com o decreto de calamidade pública financeira na saúde do município e que já encaminhou o assunto com a Secretaria Estadual da Saúde.

Em paralelo à movimentação política, o SERGS busca uma solução para o impasse na Justiça do Trabalho. Uma mediação sobre o parcelamento e atrasos de salários e demais verbas trabalhistas em Sapucaia do Sul está marcada para o próximo dia 21 de novembro, às 16h, na sede do TRT-4.

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