Trabalhadores não vão pagar a conta da má gestão – SERGS usa tribuna da Câmara de Esteio para discutir situação no São Camilo

SERGS e Sindisaúde Vale do Sinos ocuparam a tribuna da Câmara de Vereadores de Esteio nesta terça (27) para falar dos problemas de gestão e falta de diálogo e negociação no Hospital São Camilo, culminando na decretação do estado de greve pelos trabalhadores nesta semana.

Ismael Miranda da Rosa, diretor do SERGS e enfermeiro da instituição, disse que os sindicatos tentam negociar com a direção do São Camilo há mais de 60 dias no TRT-4. Segundo ele, foi apresentada uma minuta tendo como principais itens o dimensionamento de pessoal adequado para boa prestação dos serviços, o regramento do regime 12/36, a regulamentação do Banco de horas, a criação participativa de grupo de trabalho de combate à violência e assédio no trabalho (nos moldes da NR 1).

Ismael explicou que uma unidade com 20 pacientes deveria ter 5 trabalhadores na equipe, mas hoje está com um ou dois profissionais apenas. “A gestão do São Camilo tem o subdimensionamento como política, opera com equipe mínima para não parar e impõe sobrecarga e adoecimento aos trabalhadores”, complementou.

O representante do SERGS também reafirmou que a população de Esteio não está sendo desassistida neste período de estado de greve, pelo comprometimento dos profissionais. “Estamos com nosso banco de horas defasado há mais de dois anos, retirada de folgas e sob assédio e pressão constante, com muitos casos de adoecimento mental. Não podemos pagar a conta da má gestão”.

Outros atos convocados pelos sindicatos devem acontecer ao longo desta semana. O estado de greve aprovado em assembleia garante que os(as) trabalhadores tenham o direito de se manifestar, sem desconto das horas trabalhadas, garantindo o atendimento da população.

 

 

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