Atendimento cardiológico em debate na Assembleia Legislativa

A diretora do SERGS Bruna Engelman participou nesta quarta (2) da audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa que debateu a superlotação em hospitais com unidades de cardiologia em função da falta de stents, marca-passos e outros equipamentos cardiológicos. A secretária-geral do sindicato, Inara Ruas, também esteve presente no debate, na qualidade de vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde. A audiência teve participação dos deputados estaduais Neri, o Carteiro, Dr.Thiago Duarte, Airton Artus e Valdeci Oliveira e de representantes da Secretarias Municipal e Estadual da Saúde, Superintendência Regional do Ministério da Saúde, Conselho Estadual de Saúde e Defensoria Pública do RS. Pelas entidades, além do SERGS, também estiveram presentes representantes do Sindicato Médico do RS e Coren-RS.

O debate abordou os obstáculos para a realização de procedimentos cirúrgicos e a defasagem do custeio de insumos, bem como a situação financeira do Instituto de Cardiologia, que atende todo o RS e hoje está com uma fila grande de pacientes aguardando procedimentos.
Em sua manifestação, a diretora Bruna Engelman enfatizou a importância do reajuste da tabela SUS para pagamento dos stents, marca-passos e afins. Lembrou que esse atendimento represado ainda é reflexo da pandemia, no momento em que todas as consultas eletivas foram canceladas. “E além do cuidado com os pacientes, precisamos também de uma atenção especial para os profissionais que estão atendendo a população, sem recursos para os procedimentos necessários, de mãos atadas”, comentou Bruna.

A vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde e diretora do SERGS e FNE, Inara Ruas lembrou também que muitas vezes esses profissionais na linha de frente do atendimento estão com seus salários atrasados, como vem acontecendo de forma recorrente no Instituto de Cardiologia. “Os sindicatos estão acompanhando essa situação, oferecendo suporte aos trabalhadores nesse momento difícil da instituição”, afirmou. Inara reforçou ainda que a falta de recursos para o atendimento cardiológico não vem de agora, começou em 2016, com a EC95, que congelou por 20 anos os recursos para saúde.

Uma sinalização positiva foi trazida pela Superintendente do Ministério da Saúde no RS, Maria Celeste de Souza da Silva, que destacou a possibilidade de mais recursos nesta área, através de uma nova política nacional de Atenção Especializada em Cardiologia, que será lançada em breve pelo governo federal.

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