Enfermagem gaúcha: as próximas semanas serão de mobilização

Mesmo com a votação no STF mantendo a suspensão do Piso Salarial da Enfermagem, a defesa dessa conquista histórica da categoria precisa continuar e as entidades estão mobilizando a categoria pois os próximos dias deverão ser decisivos.

A mobilização deve se estender nas próximas semanas, até que se encerre o prazo dos 60 dias da Medida Cautelar  e sejam apresentadas as fontes de recursos pelo Legislativo. Esse é um período em que as entidades farão pressão total e sua participação é muito importante!

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, já anunciou que está convocando uma reunião de líderes, na próxima semana, para para apresentar as soluções possíveis para as fontes de custeio. Além disso, afirmou que, se preciso for, será realizada uma sessão deliberativa específica para tratar do tema “mesmo em período eleitoral”.

Os sindicatos e entidades da Enfermagem estão sendo convocados para o dia 21 de setembro, em nível nacional, e o SERGS estará junto nessa luta!

No dia 21, das 8h às 20h, acontecem mobilizações na capital e em diferentes cidades, promovidas pelo SERGS, Sindisaúdes, Feessers e CUT-RS. Nesse dia, enfermeiros(as) e técnicos(as) de enfermagem mais uma vez querem dar uma demonstração de força e resistência para aqueles que tentam obstruir o pagamento do Piso, buscando também o apoio da população para essa causa tão justa.Veja os locais e participe:

Porto Alegre: em frente ao Instituto de Cardiologia (Av. Princesa Isabel, 395 – Porto Alegre)

Santa Maria: Hospital de Caridade (Praça Roque Gonzalez – Santa Maria)

A população está ao lado de Enfermagem!

É importante lembrar que o Piso Salarial da Enfermagem passou por uma ampla discussão no Senado e na Câmara. Foram dois anos de exaustivas negociações e discussões, com mobilização da enfermagem de norte a sul do país.

Além do Projeto de Lei 2564 – para instituir o Piso – foi criada em paralelo uma comissão especial para discussão dos recursos para sua viabilização financeira e foi votada também a Proposta de Emenda Constitucional nº 11 para dar sustentação jurídica à Lei 14.434, sancionada no início de agosto, em vigor no país.

A suspensão dos efeitos da Lei por 60 dias é uma manobra totalmente descabida e sem sentido para retardar o pagamento, que tem por trás o lobby das entidades patronais, formadas por planos de saúde e grandes grupos hospitalares privados. Essas entidades promovem o falso discurso de que hospitais vão falir e leitos terão de ser fechados, tentando colocar a população contra a enfermagem.

Mas a população está do lado da enfermagem e isso ficou claro nos atos realizados na última semana. Cada vez mais, os trabalhadores da enfermagem e cidadãos em geral estão compreendendo o jogo perverso de exploração da mão de obra da enfermagem pelos grandes hospitais e planos de saúde. Essas instituições aumentam de forma abusiva os valores dos serviços prestados e na hora de valorizar de forma concreta sua maior força de trabalho simplesmente “viram as costas” para a enfermagem.

A força da saúde brasileira está em nossas mãos, colega da Enfermagem. Por isso, mais do que nunca, a hora é de luta!

A força de trabalho da enfermagem é verdadeira produtora de lucro da saúde privada brasileira. Não existe saúde neste país – pública ou privada – sem os(as) profissionais de enfermagem na linha de frente. Imagine um hospital sem enfermeiros(as) e técnicos(as)? Já pensou? Então venha se somar com os teus sindicatos nessa luta! A hora é agora.

A mobilização não pode ser somente nas redes sociais, precisamos ir para as ruas, mostrar nossa pressão nos locais de trabalho. Entre com o SERGS nessa mobilização.

 

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