SERGS questiona flexibilização e indaga sobre políticas públicas em Comitê da Covid na capital

O SERGS participou nesta sexta, dia 8, da primeira reunião virtual do Conselho Multissetorial para o Enfrentamento da Covid-19 (COMUE-COVID). O órgão foi criado no Decreto 20.889, publicado nesta semana pela Prefeitura e conta com a participação de representantes de entidades da sociedade civil. A reunião teve a presença do prefeito Sebastião Melo, do Secretário da Saúde Mauro Sparta, do diretor geral da Vigilância Sanitária, Fernando Ritter, e do coordenador da Força-tarefa para Enfrentamento da Covid em Porto Alegre, Renato Ramalho, entre outros envolvidos com a saúde da capital.

Representado por sua presidenta, Cláudia Franco, o SERGS firmou o posicionamento em defesa da saúde da população e dos trabalhadores da saúde, reiterando pontos que vem sendo levantados desde o princípio da pandemia, na gestão anterior.

Cláudia questionou a fala do prefeito Melo quanto à entrega de mais 168 leitos para a Covid em Porto Alegre no que diz respeito ao quantitativo de profissionais para atendê-los. “Os colegas da enfermagem estão doentes e esgotados e a prefeitura demitiu 1.840 trabalhadores da saúde vinculados ao IMESF, que tinham experiência na atenção básica. Quem estará na linha de frente desse atendimento?”, indagou.

Cláudia lembrou também que há uma grande demanda de seqüelados da Covid batendo na porta dos postos e que, para agravar ainda mais o quadro da saúde na capital, há postos fechados e falta de enfermeiros(as) em várias unidades.

Por fim, a presidenta do SERGS questionou sobre a reabertura e flexibilização de horários e capacidade em bares, cultos religiosos e comércio em geral, justamente em um período de agravamento dos casos, em que o Brasil atravessou a marca de 200 mil mortes pela doença.

Com respostas evasivas, o Secretário Municipal da Saúde, Mauro Sparta, disse que um dos quatro postos de saúde fechados na capital deverá reabrir. Em relação à flexibilização das atividades, o coordenador da Força-Tarefa Renato Ramalho informou que há 400 fiscais da Vigilância para fiscalização de aglomerações e que condomínios são responsabilidade dos síndicos e não da prefeitura.

“Saímos bastante preocupados com essa lógica econômica em detrimento das vidas e principalmente com a falta de política para o trabalhador da saúde que em nenhum momento da reunião foi citado pelos representantes da gestão municipal”, finaliza Cláudia.

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