Seguridade social e saúde em pauta no Fórum Social das Resistências
Na manhã desta quarta-feira, dia 22, a seguridade social foi um dos temas debatidos no Fórum Social das Resistências, que ocorre desde ontem em Porto Alegre. Palestrantes convidados dialogaram com o público sobre os efeitos das reformas políticas que passam a atingir a população brasileira – especialmente a mais pobre – tão profundamente. Organizado pelo Conselho Nacional de Saúde, o tema foi abordado principalmente através do ponto de vista da saúde e seus efeitos na população. A diretoria do SERGS esteve presente no evento, representada por seu vice-presidente Ismael Rosa e pelas diretoras Denize Cruz, Inara Ruas e Patrícia Hoffman. À tarde, a presidente Cláudia Franco participou da plenária da saúde e fez um relato sobre o dia de mediações do caso IMESF.
Os palestrantes trataram entre diversos pontos sobre a exclusão social, concentração de renda, perdas de direitos dos trabalhadores e os impactos na seguridade social. O consenso geral é de que no momento é necessário união de todos em uma frente popular forte. Através de um ponto de vista crítico, foram avaliados as formas de ativismo e seus efeitos e, consequentemente, se precisam ser alterados. “É preciso mudar a forma de fazer movimento de resistência porque se nós continuarmos apostando na institucionalidade, nós não vamos conseguir virar esse jogo”, afirmou a juíza do Trabalho no TRT4 Valdete Souto Severo.
O mestre em filosofia e integrante do Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap), Valdevir Both, partilhou dados referentes à desigualdade da distribuição de renda no país. “No Brasil os bilionários lucraram R$ 230 bilhões em plena crise. Em 2012 só haviam 74 bilionários e esse número hoje saltou para 206 bilionários”, afirmou Both, que ainda complementou “ E aí o Paulo Guedes diz ‘em tempos de crise todos temos que fazer sacrifício’”.
Além da juíza e do mestre de filosofia, palestraram no evento a doutora em Serviço Social, Berenice Rojas Couto e a advogada especialista em Seguridade Social, Marilinda Marques Fernandes.
A assembleia de convergência sobre Trabalho, Saúde, Seguridade Social e Previdência também aprovou um documento com agendas e propostas para enfrentar as políticas de retirada de direitos pelos governos neoliberais e fascistas. O texto será encaminhado para apreciação na assembleia dos povos, que será realizada na próxima sexta-feira (25), às 14h, no auditório da Fetrafi-RS.
Texto: Jornalista Bruno Moura