SERGS está na luta com profissionais da Santa Casa do Rio Grande

 

A greve dos/as enfermeiros/as da Santa Casa de Rio Grande entra na segunda semana e é por tempo indeterminado. Funcionários/as reuniram-se em assembleia nessa terça (18/12) e decidiram prosseguir com a luta pelo direito fundamental de receberem seus salários, que estão atrasados desde agosto. Trabalhadores/as e representantes do Sindicato dos Enfermeiros do RS (SERGS), Sindisaúde, Sinttargs e Sinfars também protestaram, em frente ao Pronto Socorro do Hospital, na manhã desta quarta (19).
O SERGS reafirma seu compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores/as. “Exigimos que as dívidas trabalhistas sejam quitadas completamente. O sindicato também está preocupado com a terceirização na área da saúde, já que o Instituto Viva Mais (IVM) está assumindo a administração da Santa Casa de Rio Grande”, afirma Estêvão Finger, presidente do SERGS.
O dirigente reuniu-se com o Ministério Público (MP) de Rio Grande na manhã desta quarta para expressar a preocupação do SERGS em relação a esta terceirização, que prevê contrato de 20 anos do hospital com o (IVM). A preocupação do SERGS é com o uso transparente dos recursos públicos. Já que em Canoas, o Gamp, grupo que administrava serviços de saúde no município está sendo investigado pelo suposto desvio de mais de R$ 40 milhões.
O MP informou que há inquérito civil para investigar o contrato de arrendamento do IVM. Também vai averiguar sobre a situação do presidente da IVM, Ruy Muniz. “Esse senhor já exerceu cargos políticos e teve complicações com a justiça, inclusive foi preso duas vezes. Não queremos que problemas semelhantes aconteçam com a Santa Casa de Rio Grande, um hospital referência para mais de 20 municípios da região Sul”, preocupa-se Estêvão.
O presidente do SERGS conclui que esta greve é legítima, porque é devida ao não recebimento dos salários. “Hoje vemos muitos/as trabalhadores/as ,dentro desta instituição, adoecidos por estarem com dívidas e sobrecarregados. É uma situação extremamente preocupante”, avalia.

Juliana Leal Cardoso
Jornalista DRT-DF 10.947/05

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