Carta das entidades repudia postura da gestão do GHC
O SERGS assina, juntamente com ASERGHC e sindicatos de várias categorias, uma carta de repúdio à postura da gestão do GHC em relação à Greve Geral e dia de paralisação. Leia abaixo a íntegra deste documento e as entidades signatárias.
Manifestamos total repúdio a punição imposta aos trabalhadores que não estiveram em seus postos de trabalho nos dias 28/04, dia da Greve Geral e 29/05, dia de paralisação dos trabalhadores do GHC por nosso acordo interno.
Alguns dias antes das mobilizações, a direção, como é de seu costume, encaminhou mensagens e e-mail ameaçando os trabalhadores que paralisassem, exigindo o funcionamento de 100% do serviço. Além desta grande intimidação, sabe-se do assédio moral praticado nos corredores da instituição, por parte das chefias, para que não houvesse mobilização. Após o movimento o resultado das ameaças se deu no desconto dos dias no contracheque de todos os trabalhadores que realizaram a paralisação em 29/05, além de alguns que também receberam o desconto referente a greve geral.
Historicamente os trabalhadores do GHC nos momentos de paralisação e greve, sempre negociaram as horas que estiveram em luta, muitas vezes até mesmo conquistado o direito a não compensação de todas as horas. Agora o cenário de intensificação da retirada de direitos e repressão em todo o país, também se reflete entre nós da base GHC, com o autoritarismo e intolerância aos trabalhadores.
Fica evidente a falta de respeito e descumprimento de nosso acordo, mostrando que o banco de horas e a compensação é um recurso que serve somente a instituição. Muitos trabalhadores que sofreram o desconto em seu contracheque tinham banco de horas positivo, e mesmo os que não tinham, poderiam compensar em até 3 meses, conforme acordado.
Não bastasse o contexto de precarização do trabalho, assédio moral e agora a ameaça de um grande retrocesso, a terceirização do setor da higienização, recebemos mais uma imposição arbitraria da direção.
Precisamos ter a clareza que a resistência contra a retirada de direitos conquistados a duras penas, tem apenas uma forma de ocorrer: com mobilização e luta. A greve é direito da classe trabalhadora, significa que esgotamos toda as alternativas de negociação com “os patrões”, significa que resta somente a radicalização de nossas reivindicações.
Portanto a arbitrariedade da direção em não reconhecer este direito, em descumprir o nosso acordo e nos punir, mostra a disposição em intimidar os trabalhadores, nos desmobilizar e dividir nossa luta.
Nós não aceitaremos tamanha opressão interna, assim como seguiremos nas ruas, lutando contra as reformas da Previdência e Trabalhista, contra a terceirização e desmonte de nossos direitos, contra o desmonte dos serviços públicos.
Chamamos todos trabalhadores a seguirem na luta, não devemos recuar, mas justo o contrário, fazer crescer nossa força e unidade para enfrentar o ataque com nossas pautas e direitos. Não podemos aceitar passivamente a estratégia imposta, de intimidar para acabar com nossas mobilizações. Devemos mostrar nossa capacidade de resistência e nossa tradição, construída em nossa história de muita luta, pois somente assim garantimos e avançamos em nossos direitos.
Os sindicatos continuam unidos e tomando as providências em defesa e proteção dos trabalhadores.
MEXEU COM UM MEXEU COM TODOS!
A GREVE É DIREITO LEGÍTIMO DA CLASSE TRABALHADORA!
SEGUIMOS NA LUTA! GREVE GERAL 30/06! TODOS NAS RUAS EM DEFESA DE NOSSOS DIREITOS!
ASERGHC – Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição
SASERS – Sindicato dos Assistentes Sociais do RS
SERGS – Sindicato dos Enfermeiros no RS
SIMERS – Sindicato Médico do RS
SINDAERGS – Sindicato dos Administradores do RS
SINDIFARS – Sindicato dos Farmaceuticos do RS
SINDIFONO/RS – Sindicato dos Fonoaudiólogos do RS
SINDISAÚDE/RS
SINDITEST/RS – Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho do RS
SINURGS – Sindicato dos Nutricionistas do RS
SIPERGS – Sindicato dos Psicólogos do RS
SISERGS – Sindicato dos Secretários e Secretárias do RS