Enfermeiros(as) aprovam proposta Sindihospa e debatem importância do sindicato na manutenção de direitos históricos
O SERGS realizou nesta quarta, dia 9, duas assembleias com a categoria para encaminhar a proposta negociada com o Sindihospa. Em dois horários, no início da tarde e à noite, com transmissão pelo Facebook, a diretoria e a assessoria jurídica apresentaram a proposta de reposição financeira de 2,46% retroativo a 01/04/21 (INPC acumulado em maio de 2020) e manutenção de todas as cláusulas sociais já conquistadas nas convenções anteriores. Essa proposta não contemplou ainda o INPC acumulado em 2021, que deverá ser objeto de negociação no segundo semestre, junto com a retroatividade de 2020.
Por votação eletrônica, a categoria aceitou a proposta apresentada pelo Sindihospa, com adesão total dos participantes (100% de aprovação). Os participantes das assembleias também votaram a favor da quota negocial (80,3%), que representa um dia de trabalho de cada enfermeiro(a) como forma de contribuição ao sindicato pela luta para garantir direitos e construir uma CCT favorável à categoria durante todos esses meses de negociação.
A luta pela recomposição salarial tem sido muito árdua, com forte resistência da patronal Sindihospa. Desde o início da negociação, os hospitais vinham oferecendo zero de reposição salarial. O SERGS, juntamente com os demais sindicatos, conseguiu com muita negociação e mediação no TRT, manter os direitos já conquistados e alcançar o percentual aprovado nas assembleias desta quarta.
Durante o diálogo com a categoria, os representantes da diretoria do SERGS destacaram a importância da participação de mais enfermeiros(as) na luta para pressionar a gestão dos grandes hospitais e serviços de saúde. “Somos mais de 26 mil enfermeiros e enfermeiras no RS e se tivéssemos um contingente maior se somando às lutas do sindicato, com certeza, nossa pressão teria mais peso”, comentou a presidenta Cláudia Franco.
O vice-presidente Ismael da Rosa também ponderou sobre a importância da contribuição de todos(as) enfermeiros(as) para viabilizar a sustentabilidade do sindicato. “Desde a Reforma Trabalhista, o objetivo tem sido enfraquecer os sindicatos, mas apesar de todas as adversidades, seguimos aguerridos na luta em defesa dos direitos de todos e todas”, analisou.
As assembleias contaram também com a participação das diretoras Silvia Medeiros e Caroline Day, e da assessora jurídica Raquel Paese.
Durante a assembleia também foi debatido o movimento que está sendo discutido em nível nacional para uma paralisação da enfermagem, como forma de pressão para aprovação da PL 2564 no Senado, que institui o Piso Salarial. Cláudia Franco informou que deve acontecer ainda este mês uma assembleia para definir os rumos do movimento no RS e como deverá ser o engajamento da categoria ao movimento.