País de maricas e enfermeiras guerreiras

O Brasil virou mais uma vez chacota internacional por novas falas estapafúrdias do atual ocupante do Planalto. Além de ameaçar os EUA com pólvora, Bolsonaro disse que “é preciso deixar de ser um país de maricas, no que tange à pandemia”.

Infelizmente, Sr. Presidente, a pandemia não pode ser tangenciada e quem se cuida e tem empatia com a vida dos outros não é maricas, mas uma pessoa responsável.

O Coronavírus segue contaminando e congestionando serviços de saúde e hospitais. Em muitas cidades, como Porto Alegre, os números crescem de forma vertiginosa mas estão sendo “maquiados” por conta da pressão das eleições e das vendas do comércio de fim de ano.

As enfermeiras e os enfermeiros, juntamente com os demais profissionais de saúde, seguem na linha de frente, atendendo a população.

Agora os aplausos cessaram. Mas os(as) profissionais da saúde continuam na luta, atendendo a todos, inclusive aos negacionistas que se expõem e colocam a vida de outras pessoas em risco. Afinal o Sistema Único de Saúde é público e universal, apesar de sucessivas tentativas de privatizá-lo.

Nessa sexta-feira, 13 de novembro, é importante lembrar as mais de 160 mil vidas perdidas para a Covid-19 no Brasil. E também é importante fazer uma reflexão na véspera de eleições nos municípios de todo o país, para prefeitos e vereadores.

Quem é da enfermagem, precisa votar com responsabilidade. Pesquisar os(as) candidatos(as), verificar quem está comprometido de verdade com a saúde da população. Quem valoriza os profissionais, não com aplausos apenas, mas com condições de trabalho e orientação correta da população. Quem enfrenta com coragem os desafios.

Sim, talvez sejamos um país de maricas. Mas somos principalmente um país de guerreiros(as) e a enfermagem está na primeira trincheira dessa luta!!!

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