Coren-RS debate violência obstétrica no mês da mulher
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) elegeu a violência obstétrica como tema para as atividades relativas ao dia internacional da mulher. Além de uma campanha em redes sociais, o Conselho promove uma sessão pública de desagravo e o debate Parto Humanizado: Luta e Direito das Mulheres, no dia 26 de março (segunda-feira), às 14h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, para encerrar a programação do mês. PARA FAZER A SUA INSCRIÇÃO GRATUITA, CLIQUE AQUI.
A iniciativa tem como objetivo informar e sensibilizar a sociedade e profissionais da saúde sobre a importância de humanizar o trabalho da Enfermagem na assistência às mulheres durante a gestação e o parto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência obstétrica como desrespeitar, abusar ou maltratar uma mulher durante a gestação e o parto. Em 2014, a organização formalizou uma resolução em que considera esse tipo de violência como uma violação dos direitos fundamentais das mulheres e uma infração a princípios humanitários adotados internacionalmente. No Brasil, além do alto índice de partos do tipo cesariana, há preocupação em evitar situações de desconforto e inconformidade durante o atendimento em instituições de saúde. Neste quadro, o Coren-RS pauta o tema tanto para sensibilizar a categoria, que é a linha de frente dos atendimentos obstétricos, quanto para informar às mulheres sobre seus direitos.
Parto com respeito
A atuação e a responsabilidade dos(as) profissionais de Enfermagem na assistência à mulher e ao recém-nascido durante a gestação e parto estão definidas pela Resolução Cofen 0516/2016 e o exercício dessas atribuições são um direito das enfermeiras obstetras. Além de alertar sobre práticas disseminadas no cotidiano dos serviços de saúde que expõem as mulheres a situações de violação de direitos ou mesmo as que estão vedadas aos(às) profissionais da Enfermagem, como criar dificuldades à presença de acompanhantes (Decisão Coren-RS nº 052/2016) e participar da realização da manobra de Kristeller (Decisão Coren-RS nº 095/2016), o Coren-RS coloca em debate durante o mês da mulher a necessidade de defender o respeito às prerrogativas das profissionais.
O trabalho da Enfermagem na obstetrícia é garantia de atenção integral à saúde da mulher e não pode ser considerado uma redução na qualidade do atendimento. Por isso, o Conselho fará uma sessão pública de desagravo, em 26 de março, para reafirmar a importância da atuação da categoria diante dos ataques e questionamentos feitos em relação ao desempenho das funções específicas da Enfermagem na atenção à gestação.
O que é violência obstétrica?
– Negar ou dificultar atendimento durante a gestação e o parto
– Fazer comentários constrangedores
– Ofender, humilhar ou xingar a mulher ou sua família
– Impedir entrada de acompanhante
– Impor procedimentos sem explicação ou consentimento
– Realizar cesariana sem indicação clínica e consentimento da mulher
– Impedir ou retardar o contato da mulher com seu bebê
– Impedir ou retardar o aleitamento materno
O que é parto humanizado?
– Não se trata de um tipo de parto, mas sim de um processo de assistência humanizada ao parto
– Respeitar a fisiologia da gestação e do parto
– Garantir à mulher o direito de conhecimento e de escolha
– Devolver o protagonismo do parto à mulher (ela participa ativamente das decisões, podendo expressar seus desejos e escolhas)
– Aos(às) profissionais da Enfermagem e da saúde cabe perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos culturais, individuais, psíquicos e emocionais da mulher e de sua família no momento do parto.
Serviço
Parto Humanizado: Luta e Direito das Mulheres
Sessão de desagravo e debate público sobre violência obstétrica
Quando: dia 26 de março de 2018 (segunda-feira), às 14h
Onde: Plenarinho da Assembleia Legislativa
Inscrições: eventos.coren-rs.com.br/index.php?idEvento=429
Certificados: eventos.coren-rs.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação COREN-RS