Situação do Cardiologia tem mediação no TRT-4

Próxima reunião será no dia 14 de dezembro

Trabalhadores do Instituto de Cardiologia compareceram em massa na sessão de mediação realizada nesta quinta (7) no TRT-4, para discutir como ficará a situação dos 223 demitidos(as) da instituição, mesmo com a decisão judicial de reintegração dos mesmos. Sob a condução do desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, a mediação reuniu representantes dos sindicatos das categorias, Coren-RS, Justiça do Trabalho, Secretaria Municipal de Saúde e advogados ligado à Recuperação Judicial do hospital.

A presidenta do SERGS Cláudia Franco questionou como o Cardiologia pretende prestar seus serviços sem ter no quadro profissionais qualificados e no dimensionamento necessário. O coordenador do Departamento de Fiscalização do Coren-RS, João Carlos da Silva, também manifestou sua preocupação com o atendimento aos pacientes e com as equipes de enfermagem.

O assessor jurídico Silvio Boff, do escritório Paese e Ferreira, apresentou como proposta a ser mediada a reintegração de parte dos demitidos, com a manutenção dos empregos e direitos. Entre os direitos exigidos para os que seguirem estão a garantia de pagamento de todos os salários até o dia 15 de dezembro. Os demais trabalhadores poderiam fazer acordo para demissão, com garantia do pagamento das verbas rescisórias. Essa proposição foi elaborada a partir de um levantamento realizado pelos sindicatos com os próprios trabalhadores demitidos, que apontou que 75% deles não têm interesse em retornar ao emprego, pela situação de constrangimento criada pelo próprio hospital.

Os sindicatos pedem prioridade da quitação das dívidas com os trabalhadores na Recuperação Judicial. Outro ponto levantado é a necessidade de uma compensação aos trabalhadores pela forma traumática como foram realizadas as demissões. Por fim, pedem a participação urgente do Estado do RS na mediação.

A próxima mediação referente à situação do Cardiologia acontecerá no dia 14, às 15h. Seguimos na luta!

A presidente Cláudia Franco e o ex-presidente Estevão Finger juntos na luta pelos direitos dos trabalhadores do Cardiologia

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