Negociações 2023: luta árdua para repor perdas e garantir a retroatividade

Com o objetivo de manter a categoria ciente do andamento das convenções e acordos coletivos 2023, o SERGS informa sobre o status das principais negociações com as patronais.

É importante destacar a resistência das entidades patronais em conceder avanços para os trabalhadores. Todos os anos, graças ao esforço do SERGS e demais sindicatos da saúde, com muita discussão na mesa de negociação, são repactuados direitos já conquistados, para além da CLT, como Auxílio Educação, Adicional Noturno, entre outros. E a reposição inflacionária – valor que não representa aumento real, apenas a recomposição de perdas – é sempre uma luta, pois os grandes hospitais investem em obras e equipamentos, mas não querem valorizar seus profissionais.

O SERGS está na luta constante para fechar convenções e acordos que sejam minimamente favoráveis à categoria, garantindo conquistas e tentando vencer a resistência das patronais. Também está lutando para desvincular a reposição de perdas do pagamento do Piso Salarial da Enfermagem, obrigatório por lei.

“Não podemos misturar o assunto do piso com os reajustes anuais por conta das perdas econômicas, na data-base da categoria”, afirma Cláudia Franco, presidenta do SERGS.

Veja agora um resumo das negociações:

  • Sindihospa (POA) – Convenção garantiu reajuste de 3,95%, sendo 3,83% referente ao INPC acumulado no período de 01.05.2022 à 30.04.2023, e 0,12% de ganho real incidente sobre o salário-base de abril/2023 para enfermeiras(os) de clínicas e hospitais privados. A reposição foi retroativa à data base (maio/2023). Também foi firmado o abono no valor de R$ 1.000,00 como ressarcimento pela não concessão de reajustes retroativos nos anos de 2020 a 2022.
  • Fehosul – a entidade que reúne clínicas e hospitais privados no interior do RS há muito tempo se recusa a negociar as perdas econômicas com o SERGS. Procurou o sindicato unicamente no intuito de parcelar o pagamento do piso, o que foi imediatamente rechaçado, conforme orientação da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).
  • Sindiberf (POA) – Negociação mediada pelo TRT4 com os hospitais filantrópicos da capital segue com muita dificuldade em função da resistência da patronal em garantir reajuste retroativo à data-base e reposição de perdas salariais.
  • Sindiberf (regiões Noroeste e Vales do Rio Pardo e Taquari) – Profissionais das regiões Noroeste e Vales do Rio Pardo e Taquari receberam 6% de reajuste referente ao INPC acumulado, em função das perdas inflacionárias, sendo 3,83% na folha de maio, 1,10% na folha de julho e 1,07% na folha de agosto, incidindo sobre os salários praticados em 30/04/2023.
  • Sindiberf (Serra e Vale do Sinos) – reajuste de 3,83% na folha de maio, sem retroatividade.
  • Unimed POA Negociação encerrada, aguardando a publicação do acordo. Haverá reajuste de 5%, sendo 3,83% (já antecipado na data-base) e 1,17% no fechamento do acordo, incidindo sobre salários praticados em 30 de abril de 2023.
  • Unimed Vale do Caí Em negociação, ainda sem acordo.
  • Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (Tramandaí e Sapucaia) SERGS solicitou a mediação do TRT-4 para tentar fechar acordo.
  • Fundação Hospitalar Novo Hamburgo – SERGS solicitou a mediação do TRT-4 para tentar fechar acordo.
  • Fundação Municipal de Canoas – Entidade postergou a negociação para o final do ano. Caso não aconteça, o único caminho também será a para mediação no TRT-4.
  • Humaniza – Foram realizadas reuniões com essa instituição na tentativa de negociar um acordo, mas sem avanço.

Acompanhe no site e redes sociais do SERGS o andamento dessas e de outras negociações. Pressione seus gestores, discuta com seus colegas a importância de todos(as) se mobilizarem na busca por direitos. E consulte seu sindicato sempre que tiver dúvidas no email secretaria@sergs.org.br

 

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