247 hospitais do Rio Grande do Sul funcionam sem alvará de incêndio

Caso no Hospital Fêmina escancara irregularidade no setor

As investigações sobre o incêndio no último sábado (16), no Hospital Fêmina, trouxeram a público que três dos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição não possuem Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). Além disso, de todo o estado, apenas 112 hospitais funcionam com alvará, enquanto 247 não possuem PPCI.

O Plano de Prevenção Contra Incêndio é uma exigência de funcionamento que constrói condições para evitar incidentes. Um dos pontos, assegurado por ele, é a existência de rota de fuga e de fluxo para situações com essa gravidade. Medida que o hospital, pela falta do alvará, não implementou.

Para o Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS) a situação é preocupante, ainda mais porque a tentativa é de criminalizar funcionários. “A verdadeira responsabilidade do acidente é da gestão do hospital que não tem o PPCI atualizado”, aponta o presidente do sindicato, Estevão Finger.

Apesar disso, um trabalhador da enfermagem já foi demitido, acusado de ter causado o fogo. O trabalhador foi apontado como suspeito, por ter modificado a posição da câmera de segurança que fica na entrada da sala onde ocorreu o incêndio. Ele prestou depoimento à Polícia Civil e alegou que bateu na câmera enquanto carregava um suporte para soro.

Negligência
O GHC também é responsável pela gestão de mais dois hospitais sem alvará de incêndio. Para Finger, culpabilizar os trabalhadores é muito grave e desvia a investigação dos verdadeiros responsáveis. “Houve negligência por parte da gestão do Grupo Hospitalar Conceição nessa situação como um todo. E a impunidade com o grupo nesse momento pode ocasionar novos incidentes”, apontou.

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