Ex-presidente do SERGS sofre represália

O SERGS se solidariza com o enfermeiro e ex-presidente da entidade Estevão Finger neste momento de desligamentos irregulares e transferências arbitrárias dos profissionais do IMESF.  Estevão, que deixou a presidência do SERGS no ano passado, ainda goza da estabilidade como dirigente sindical e já teve de cobrir várias unidades diferentes por falta de recursos humanos, sem poder se fixar em um único local, desde o final da cedência para a atividade sindical – de forma contrária ao que é preconizado na política de Atenção Básica, que justamente defende o vínculo do profissional com a comunidade.  A mesma situação se repete com muitos outros profissionais concursados, representando, inclusive, uma forma de assédio moral.

Vale lembrar que a Prefeitura tem mediação nesta terça, dia 11, no TRT4 para cumprir a determinação judicial de negociar com os sindicatos o processo de transição do IMESF. Até o presente momento, nenhuma demissão consentida pelos trabalhadores foi homologada no SERGS e nos demais sindicatos e não há um plano da prefeitura para remanejo dos trabalhadores concursados que pretendem manter seus cargos.

Veja o desabafo postado por Estevão em suas redes sociais.

Carta aberta aos colegas de empresa e à sociedade:

 

NÃO ACEITAREI PERSEGUIÇÃO POLÍTICA!

Fui eleito democraticamente – em um passado recente – presidente do Sindicato dos Enfermeiros do RS (SERGS), por sinal primeiro sindicato da categoria da história no Brasil. Ganhei, junto com demais diretores(as), a confiança da categoria para representar cerca de 30 mil Enfermeiros(as) do nosso RS. Estou me referindo a gestão passada. Ao findar a gestão, optei por retornar a base, enquanto Enfermeiro empregado do IMESF, até então temporariamente cedido para fins de atividade sindical. Foram muitas viagens, interior a fora, infinitas horas de trabalho (muito, mas muito mais do que as 40 horas semanais ou 8 horas diárias). Esforço totalmente dedicado em prol da categoria, em defesa dos(as) trabalhadores(as), dos(as) enfermeiros(as), enfermagem e do SUS. Uma das grandes lutas travadas foi justamente contra meu patrão, prefeito de Porto Alegre, porque queria retirar direitos da classe trabalhadora do IMESF, e na época ele foi derrotado. Não conseguiram retirar os 10% do salário dos(as) empregados(as). Agora, mesmo longe do sindicato, continuo lutando – com apoio das entidades sindicais – pela manutenção do emprego e pela não destruição do SUS no município. Nunca me furtei da LUTA, e sinto orgulho disso, pois tenho lado. Nessa semana que começa, provavelmente serei lotado para outro posto de saúde, em virtude da terceirização/privatização que o governo de POA está promovendo. O prefeito Marchezan, o secretário de saúde Pablo e suas gerências distritais continuam assediando os(as) trabalhadores(as), a todo vapor!
Usarei, se necessário for, minha condição de estabilidade sindical prevista na legislação, enquanto ex-dirigente eleito – e não aceitarei menhuma perseguição política, pois meu trabalho é qualificado e eficiente, e espero ser tratado com dignidade nesse período de mudanças. Não vou me furtar, se necessário de denunciar – nominalmente – em variados órgãos, ou até mesmo processar judicialmente em diversos âmbitos da justiça. Respeitem meu trabalho, minha história, e respeitem a legislação vigente.

#EmDefesaDoSUS
#SomosTrabalhadoresDoIMESF
#SomosConcursados

 

 

 

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