SERGS na luta contra a retirada de direitos

Dia 14 é Greve Geral contra a Reforma da Previdência

No dia 14 de junho, as centrais sindicais junto de partidos e movimentos sociais estão convocando uma Greve Geral. Em assembleias, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Sul (SERGS) deliberou pela adesão aos movimentos e greves decretados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) a qual o sindicato dos enfermeiros é filiado.

A adesão à Greve Geral é voluntária, de responsabilidade dos enfermeiros e das enfermeiras, destacando que os profissionais desempenham serviços essenciais de saúde à população que não podem ser paralisados. Nesse sentido, é necessário que os profissionais estejam atentos a isso e não prejudiquem aqueles que dependem desse serviço.

O SERGS orienta a participação na Greve Geral porque identifica que um eventual dia de desconto salarial não se compararia com as perdas que a Reforma da Previdência causaria em todos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, a medida ataca diretamente os trabalhadores que exercem atividade especial, que é o caso dos profissionais da enfermagem.

No novo regime de pontos da Aposentadoria Especial, proposto pela reforma, a desigualdade aumenta e os trabalhadores e as trabalhadoras terão que contribuir por mais tempo. Hoje, com 45 anos é possível se aposentar com 25 anos de atividade insalubre. Com a mudança, a soma mínima da pontuação é 86, sendo a somatória da idade mais o tempo de contribuição, devendo ter o mínimo de 25 anos de contribuição. Para se aposentar com 55 anos de idade, vai ser preciso ter contribuído por 31 anos (55+31: 86). Para se aposentar com 25 anos de contribuição, vai ser necessário ter 61 anos de idade (25+61: 86).

A mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras é decisiva para barrar essa reforma
A medida não foi aprovada nos anos anteriores graças à ampla participação dos brasileiros e das brasileiras. Nesse sentido, o SERGS convida toda categoria de enfermeiros e de enfermeiras para que no dia 14 de junho possamos derrotar essa retirada de direitos.

Veja abaixo mais quatro motivos contra a Reforma da Previdência:
1) AUMENTO DO TEMPO DE TRABALHO: Para se aposentar com 100% do salário, os trabalhadores terão que ter 40 anos de contribuição;
2) PIOR PARA AS MULHERES: A idade mínima passa para 62 anos para mulheres, os homens ficam com 65 anos;
3) APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NÃO SERÁ INTEGRAL: Se você sofrer um acidente de trabalho ou ficar impossibilitado de trabalhar por doença, você vai se aposentar recebendo apenas 60% do seu salário;
4) O MODELO DE CAPITALIZAÇÃO NÃO DEU CERTO EM OUTROS PAÍSES: No Chile, por exemplo, a desigualdade e miséria aumentaram. De 10, 9 aposentados recebem menos que um salário mínimo.

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